Estes ultimos anos mostraram que o ativismo político pela internet ajudou muito o Brasil. E isso não se demonstrou somente nos 20% de preferência em Marina Silva. Outras duas campanhas de peso foram o Xô CPMF e o Fora Sarney. A primeira deu certo. A segunda não deu tanto. Mas além da campanha na internet, o que essas duas campanhas têm em comum?
A CPMF foi uma taxa criada no governo FH para ser temporária, tanto que o "P" significava "provisória". Eu sempre fui contra, o PT também. Mas este quando chegou ao poder quis tranformá-la em permanente. E adivinha quem é que foi a maior defensora da CPMF? Exato. Dilma Roussef. Sim, ela brigou ao máximo, mas felizmente o PMDB não foi com ela nessa. Com uma carga tributária absurda, mais um imposto permanente é loucura.
Sarney estava prestes a ser cassado por causa de escandalos de corrupção no senado. Seria a chance de termos menos uma oligarquia no poder, exatamente como foi feito no governo FH, quando cassamos o ACM. Mas dessa vez, Dilma conseguiu constranger o PT, lutando pra votar contra a cassação no conselho de ética. Dessa vez nem o movimento da internet deu certo.
Ou seja, nas duas campanhas Dilma foi contra as manifestações virtuais e foi também a grande ativista para derrotá-las. A Xô CPMF ela não venceu. Mas a Fora Sarney ela conseguiu, e garantiu com isso a manutenção do clã no poder.
Agora, com o Senado tendo maioria absoluta para o lado de Dilma, preparem-se, dificilmente conseguiremos impedir uma CPMF permanente. E dificilmente o PNDH, aquele decreto que prevê um conselho de controle dos meios de comunicação (censura), a legalização e implantação do aborto no SUS e a revisão da lei de anistia, grande pilar da redemocratização.
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